Luís Castro, treinador do FC Porto, analisa a derrota na Luz (3-1) e consequente afastamento da final da Taça de Portugal:

«Depois de chegarmos ao empate nada fazia prever que o jogo tomasse o rumo que tomou. Os guarda-redes praticamente não tiveram trabalho. O resultado pendeu para a equipa que cometeu menos erros defensivos, e foi isso que nos fez perder a eliminatória.»

«A seguir ao golo do empate o Benfica teve uma reação, mas sem grandes oportunidades. Praticamente não as houve, e era a nós que competia procurar mais essas oportunidades, por termos uma unidade a mais, embora o resultado, mesmo sofrendo um golo, ainda nos levaria à final. Cometemos mais um erro defensivo e a partir daí não houve mais jogo. Não houve nada que não acontecesse que não levasse a perda de tempo constantes. Mas não foi por isso, houve tempo útil suficiente para levar outro resultado. Tenho que me responsabilizar pelo que aconteceu.»

«Essa fluidez só é possível quando há um bom posicionamento. Aqui e ali a equipa não se posicionou bem, e não tirou partido de estar com mais um elemento desde muito cedo. E o resultado também joga. O resultado não estava dissociado da primeira mão. Não fizemos mais por culpa própria. Não estamos na final por culpa própria, sem tirar mérito ao Benfica, mas num jogo sem oportunidades de golos não é muito logico sofrer três golos.»

[sobre a confusão nos minutos finais, com ambos os técnicos expulsos] «Só me compete falar do que me aconteceu. A única coisa que disse ao Sr. Pedro Proença foi que não estava a haver jogo desde o terceiro golo. Disse-o de forma educada. Ele entendeu que foi de forma ofensiva. Só disse que não havia jogo desde o 3-1, com duas bolas em campo, elementos do banco levantados. Devíamos ter feito mais antes do 3-1. Os culpados somos nós próprios, sem tirar mérito ao Benfica.»