FIGURA: Anatoliy Trubin

Tengstedt fez o golo que deu a vitória ao Benfica, mas os três pontos que seguem para Lisboa têm muito de Trubin. O guarda-redes ucraniano foi decisivo para a equipa de Roger Schmidt manter a vantagem, com três intervenções de destaque, duas delas verdadeiramente espetaculares, uma em cada parte. Aos 14 minutos, um voo impressionante e eficaz para negar o 1-1 a Álvaro Djalo e, no quarto de sete minutos de compensação, uma defesa enorme a evitar o golo a Banza, a quem já tinha ganho um duelo perto da hora de jogo.

MOMENTO: erro de Zalazar lança vantagem madrugadora do Benfica (3m)

O Benfica fez o golo que decidiu o jogo ainda cedo no encontro, por Casper Tengstedt, num lance aproveitado pelos encarnados na perfeição, após a falha de Zalazar. João Mário ficou com a bola e o lance foi desenvolvido rapidamente da esquerda para a direita, com Kökçu a abrir caminho para o dinamarquês bater Matheus.

OUTROS DESTAQUES

Casper Tengstedt: entrou cedo em jogo ao marcar, na primeira oportunidade, o golo da vitória do Benfica. Isolado por Kökçü na direita do ataque, correu até à área para bater Matheus aos três minutos e fazer a diferença num triunfo que faz a águia voar até à liderança, à condição, à espera do Sporting-FC Porto de segunda-feira.

Matheus: o Sp. Braga perde o jogo, mas o guarda-redes manteve a equipa ligada à luta pelo resultado. Exemplos disso a defesa difícil a livre de Di María na primeira parte, ou a ocasião de João Mário a abrir a segunda.

Rafa Silva: causou dificuldades ao Sp. Braga, nomeadamente nas saídas rápidas na primeira parte e na melhor ocasião do Benfica a abrir, na segunda. Um jogo bem conseguido, com evidência especial nos primeiros 45 minutos.

João Moutinho: um grande jogo no meio-campo do Sp. Braga, com sentido de posicionamento, capacidade de ligar a equipa para a frente e de correr para trás. Teve uma missão difícil com Zalazar (exibição pouco conseguida) a seu lado na primeira meia-hora, mas individualmente um registo de valentia e entrega pela equipa em todo o jogo.

João Neves: fundamental no meio-campo do Benfica. Uma exibição ao nível do que exigia o jogo, ao anular várias tentativas do Sp. Braga entrar na área, assinando cortes fundamentais e também com boa definição na saída de bola da equipa.

António Silva: importante na manobra defensiva da equipa, com cortes importantes na área, a evitar mais estragos por parte do Sp. Braga.

Víctor Gómez e Borja: o espanhol teve algumas dificuldades defensivas na primeira parte, período em que, por outro lado, Borja se evidenciou ao tentar dar chegada à equipa pela esquerda. Na segunda parte, ambos estiveram bem envolvidos no processo ofensivo do Sp. Braga, com subidas interessantes a dar fluidez de jogo e cruzamentos à equipa. 

Álvaro Djaló: tentou agitar no ataque do Sp. Braga e procurar o golo. Na primeira parte, teve dois remates que deixaram os bracarenses perto do empate. O último deles, em cima do intervalo, quase deu golo, num pontapé que beijou a malha lateral. Na segunda parte, esteve em algumas ações perto da área contrária.

Orkun Kökçü: voltou a estar ao lado de João Neves no meio-campo e, num jogo combativo, foi importante para a equipa. Ofensivamente mais destacado na primeira parte, ao ser mesmo dele a assistência para o golo de Tengstedt.