Carlos Barbosa não sabe se o período de reflexão a que se impôs durará «15 dias, três semanas ou um mês» e só tem uma certeza: o clube terá de marcar uma Assembleia Geral e avançar para eleições.

«Estou disposto a ajudar o Paços, não quero deixar cair isto no vazio, mas teremos de marcar eleições. E quando isso suceder não serei mais presidente do Paços Ferreira», vincou o dirigente, no final de uma conferência de imprensa acalorada.

Esta tomada de posição sucedeu ao discurso de apresentação de Henrique Calisto, o novo treinador, e à declaração forte de Fernando Sequeira, presidente da Mesa da Assembleia Geral.

Um e outro apelaram à permanência de Carlos Barbosa na liderança dos castores. Debalde. O dirigente, ainda ferido com os incidentes ocorridos no final da derrota contra o Vitória Guimarães, chegou a vociferar um palavrão, naturalmente de forma acidental.

«A decisão está tomada. Só quero desejar toda a sorte do mundo ao professor Henrique Calisto».

Carlos Barbosa continuará em funções, como explicou Fernando Sequeira, depois do órgão máximo do clube ter-lhe recusado a demissão imediata. Será, porém, um presidente a prazo e com vontade de sair o mais brevemente possível do futebol.

«O presidente apresentou a demissão, mas isso é impossível e não pude aceitar. Pelos compromissos atuais, é impossível. Toda a gente envolvida no clube acredita no presidente», sublinhou Sequeira, ainda antes de Carlos Barbosa dar um murro na mesa e dizer que continua, sim, mas só até os sócios irem às urnas.