O presidente do Vitória de Guimarães, António Miguel Cardoso, comentou a demissão em bloco do departamento de scouting e recrutamento da formação do clube, anunciada na passada segunda-feira.

Em declarações reproduzidas pelo Guimarães Digital, o dirigente deixou críticas à equipa de scout e lembrou que há «uma hierarquia que deve ser respeitada».

«Antes de mais, não se tratou de uma demissão, antes o fim de uma colaboração porque não eram funcionários do clube. Tinham como funções a observação de jovens atletas e a elaboração de relatórios técnicos sobre eles. O grande problema é que se convenceram de que os seus pareceres deveriam determinar por completo a política de recrutamento de jogadores para a formação do clube. Semelhante procedimento, se alguma vez foi seguido no passado, não faz qualquer sentido», afirmou.

«A contratação de um atleta não depende somente de um relatório positivo elaborado por um dos membros do scouting. Outros fatores têm de ser cruzados e essa responsabilidade não cabe à equipa de observadores do futebol de formação. O clube tem uma hierarquia que deve ser respeitada. Por isso, compreendo que tenham alegado divergências de fundo relacionadas com a organização, as responsabilidades, a autonomia e os processos de trabalho na formação do Vitória de Guimarães na carta que enviaram ao vice-presidente Pedro Meireles», acrescentou.