A FIGURA: Geny Catamo

No dérbi na Luz fez a diferença mal foi lançado por Ruben Amorim e, agora, em Alvalade, fez a diferença logo ao segundo 45. A velocidade e a agressividade ofensiva que tem permite-lhe ser mais um homem do ataque dos leões e foi isso que mostrou quando apareceu a finalizar decidido para o fundo das redes de Trubin. A cada subida pelo corredor direito fez acionar os alarmes na equipa de Roger Schmidt. Foi amarelado ainda cedo e isso obrigou a ter mais cautela nas ações defensivas a partir daí. Na segunda parte não esteve tão feliz na definição das jogadas de ataque. Até àquele remate gen(y)al.

O MOMENTO: disparo de Geny(o) para a glória. MINUTO 90+1

Depois de um dérbi muito equilibrado, o Sporting apertava o cerco à área do Benfica e depois de várias ameaças chegou mesmo ao golo, na sequência de um pontapé de canto, num remate do lateral moçambicano que decidiu o dérbi e, quem sabe, um campeonato, já em tempo de compensação.

OUTROS DESTAQUES

Coates: fechou bem Neres num contra-ataque a meio da primeira parte e rendeu Franco Israel quando os adeptos já gritavam golo do extremo brasileiro do Benfica ao minuto 66. A voz de comando da defesa do Sporting. Sereno como quase sempre.

Pote: recuperado de uma lesão que o afastou dos últimos jogos dos leões, regressou direto para o onze. Não tardou a fazer a diferença e logos nos instantes iniciais intercetou um mau passe de António Silva e ultrapassou Bah e Florentino de uma assentada num ataque que terminou no 1-0 do Sporting. Procurou sempre o espaço entre linhas e encontrou-o diversas vezes, sendo uma dor de cabeça para a dupla do meio-campo do Benfica, que ainda tinha de se preocupar com Morita e Hjulmand.

St. Juste: opção para o onze em detrimento de Diomande, esteve sólido defensivamente e foi o defesa que mais vezes saiu da linha para condicionar o jogo entre linhas do Benfica. Umas vezes até parecia mais um elemento do meio-campo do Sporting. Ainda teve momentos de arrojo ofensivo, quando apareceu a conduzir a bola pela direita até ao ataque.

Gyökeres: dê por onde der, o avançado sueco é sempre um perigo apontado à baliza contrária, mas quando tem espaço o potencial de fazer mossa multiplica-se. Tem travado duelos interessantes com António Silva e Nicolás Otamendi, que não têm mãos a medir e neste sábado não foi diferente. Aos 26 minutos quase serviu Trincão para o 2-0 e ao minuto 52 fez a trave baliza do Benfica estremecer. Não há fórmula para o travar: só para o condicionar. E mesmo assim…

Daniel Bragança: entrou na segunda parte para render Morita e com ele o Sporting ganhou capacidade para ter bola. Os leões terminaram o dérbi em cima do rival porque tinham uma equipa mais fresca, porque Amorim fez mais para vencer o jogo, mas também porque tinha Bragança, que esteve duas vezes perto de marcar. Na segunda, aos 88 minutos, ficou a centímetros do golo da vitória. Que ficou adiado para a jogada seguinte.

Franco Israel: não fez muitas defesas, mas mostrou extrema segurança em quase todas as ações. Evitou o 2-1 para o Benfica na resposta sublime a um remate de Di María. A continuar assim, vai ser difícil perder a baliza quando Adán estiver recuperado.