Paulo Bento não gostou do que Fernando Gomes disse sobre a sua saída do comando técnico da seleção, durante a apresentação de Fernando Santos. Em declarações ao jornal «Record», o treinador responde ao presidente da FPF, com alguma ironia: «Em relação ao que foi dito quanto à minha pessoa, quero, em primeiro lugar, reconhecer o erro por ter entendido, em função das conversas que mantive com o presidente, antes do encontro com a Albânia, que tinha o seu apoio, quando afinal houve unanimidade na decisão da minha saída.»

«Não acredito, nem nunca acreditei, que para me manter no cargo de selecionador nacional, que ocupei com muita honra e orgulho, teria de mentir», disse Paulo Bento, prosseguindo: «Volto a repetir o que disse na entrevista de dia 19 à RTPi, pois é o que corresponde à verdade, já que nunca comuniquei ao presidente que não estavam reunidas as condições ideais, assim como também nunca lhe comuniquei que não acreditava na qualificação de Portugal para o Euro-2016. Manifestei-lhe apenas que não estavam reunidas as mesmas condições, como fiz ao longo deste trajeto em outros momentos. Lembro-me, e ele certamente também se lembrará, dos jogos com Israel e Azerbaijão, fora. O que não permitirei é que, interpretando ou não as minhas palavras, ponham na minha boca o que eu não disse.»

O antigo selecionador diz que não quer pronunciar-se «mais sobre este assunto [saída]», «a não ser que seja obrigado a fazê-lo».

Recorde-se que, na passada sexta-feira, Paulo Bento revelou que a saída da seleção não partiu de si«Nem uma coisa nem outra, o que aconteceu foi que após o jogo da Albânia, e através da conversa com o presidente e depois de trocarmos impressão e analisarmos, na terça-feira, dois dias após o jogo, o que se passou durante mesmo, na quarta-feira o presidente comunicou-me que não iam continuar a contar com os meus serviços. Suponho que foi uma decisão em conjunto da direção.  Não partiu de mim.»