O Monumental voltou a encher exclusivamente com adeptos da casa, que viam o River Plate partir para o Superclássico como líder da classificação e a fazer um campeonato muito acima do rival.
Percebeu-se mesmo antes de o encontro começar que seria um Superclássico bastante diferente: um dilúvio em Buenos Aires assim o tornou. Ou seja, se os Millonarios partiam com algum favoritismo pelo melhor jogo que têm mostrado, o estado do terreno encurtou distâncias.
O Boca Juniors marcou primeiro. Magallán aproveitou uma bola parada para fazer o 0-1 e estrear-se a marcar, aos 22 minutos: quer no dérbi da capital argentina, quer no campeonato.
Reagiu o River com Gabriel Mercado atirar ao poste, de cabeça e, mais tarde, quase em cima do intervalo, a jogada mais polémica de todas: Gago intercetou um remate de fora da área, mas o árbitro assinalou penálti.
A péssima decisão do juiz da partida [Gago jogou a bola com a cabeça] foi compensado com um pontapé disparatado de Rodrigo Mora da marca de grande penalidade: o ex-Benfica atirou muito por cima. O mal tinha sido maior, porém, já que Fernando Gago foi expulso.
O River Plate voltou para a segunda parte disposto a fugir à primeira derrota, mas pela frente tinha um rival que se agarrou à vantagem com tudo o que podia.
Ainda assim, Pezzella aproveitou um erro enorme de Orion para fazer o 1-1. O guarda-redes Xeneize deixou a bola escapar e o jovem que tinha entrado há escassos minutos empatou o Superclássico.
Ramiro Funes Mori ainda ia equilibrar as contas com uma entrada absurda sobre um adversário: viu o cartão vermelho direto.
Perto do final, Chavez teve uma ocasião soberba para decidir o jogo para o Boca Juniors, mas o remate bateu em Barovero e a bola desviou da rota da baliza.
Assim, numa partida em que houve mais luta do que futebol, o River Plate somou o terceiro empate [todos 1-1] consecutivo e, apesar de continuar líder isolado, pode ver Independiente e Lanús encurtarem distâncias.
Já o Boca Juniors permanece a meio da tabela, longe da luta pelo título.