O presidente da FIFA gerou polémica ao desvalorizar as críticas às más condições de trabalho que são oferecidas aos imigrantes, no Qatar, país organizador do próximo Campeonato do Mundo de futebol.

«Quando se dá um emprego a alguém, mesmo que as condições sejam duras, damos dignidade e orgulho. Não é caridade», disse Gianni Infantino, durante a conferência mundial do Milken Institute, em Los Angeles.

O presidente da FIFA foi questionado se o organismo ia canalizar lucros para ajudar as família dos migrantes que morreram na construção dos estádios do Mundial.

«Seis mil trabalhadores podem estar a morrer noutros lugares. A FIFA não está aqui para ser a polícia do mundo nem é responsável por tudo o que acontece, mas graças a si e ao futebol, contribuiu para uma mudança social positiva no Qatar», referiu.

Infantino conta três mortes na construção dos estádios do Qatar, mas têm sido divulgados números bem superiores. Ainda recentemente o jornal inglês «The Guardian» apontou para 6.500.

O dirigente preferiu destacar as melhorias implementadas no Qatar, recentemente, como a introdução de um salário mínimo de 250 euros, mais subsídio de refeição e alojamento.