Eder, herói de Portugal no Euro 2016, recordou alguns momentos da carreira no podcast «1 para 1», de Pedro Pinto.

Além, claro do ponto alto no célebre jogo com a França há oito anos, o ex-jogador, agora com 36 anos, lembrou a fase em que foi treinado por Sérgio Conceição no Sp. Braga em 2014/15 e um conselho que não esqueceu.

«Ele dizia-me que, para ponta de lança, era muito simpático dentro do campo. Porque sou um pouco mais reservado e dentro do campo é a mesma coisa. Mas ele queria que eu fosse agressivo. E realmente um ponta de lança tem de ser agressivo, tem de ser 'egoísta' muitas vezes. E foi algo que me marcou enquanto jogador», assumiu.

Eder falou ainda sobre o impacto (e o legado) de Cristiano Ronaldo, com que partilhou o balneário. «É como se tivesse chegado e deixado um manual para que muitos jovens possam ver. Com os requerimentos e com os pontos em que as pessoas podem trabalhar para poderem chegar a um certo patamar tendo mais ou menos qualidade. Só por aí é um exemplo», destacou numa conversa em que lembrou o golo que decidiu o Euro 2016.

«Quando o Fernando Santos me chama para aquecer, eu vou, aqueço e depois ele chama-me para entrar. E estava a dar-me uma série de indicações, e eu digo: 'Mister, não se preocupe que eu vou marcar'. Saiu-me. Nunca tinha feito aquilo, mas disse ao mister. Senti que devia dizê-lo.»

E sobre o golo: «Era importante aguentar a carga. Era o Koscielny que estava a fazer pressão e a dar uns encontrões. Consegui aguentar e estava à espera de encontrar aquele buraco para poder rematar, para que a bola passasse e fosse à baliza. Preocupei-me também em baixar o corpo o máximo possível. Isto em questão de segundos. Rematei, a bola saiu com uma boa altura, quase junto à relva, passou naquele buraco e entrou. Foi uma felicidade enorme.»