A importância do jogo foi bem explícita na antevisão dos dois treinadores: seria uma final. Talvez por isso, o medo de errar marcou a partida, principalmente na primeira-parte, retirando-lhe emoção junto às balizas. A responsabilidade de jogar perante o seu público deu maior iniciativa ao Olhanense. Mas só isso, porque o receio de falhar num assalto desenfreado à baliza de Matt Jones, poderia resultar em algum erro fatal que pudesse ser aproveitado pelo Belenenses.
Confira a FICHA DO JOGO
Os algarvios até circulavam com relativo à vontade a bola, mas com controlo do adversário, evitando colocar a sua baliza em perigo. Só de bola parada os algarvios conseguiam pressionar Matt Jones. Os lances foram ensaiados mas a pontaria não foi a melhor.
Defender foi a maior preocupação dos azuis do Restelo. O ataque viveu da inspiração de Rudy, insuficiente para incomodar Belec. O esloveno teve uma primeira parte descansada.
Perto do intervalo (42), Dionisi teve nos pés a possibilidade de desmentir a inoperância ofensiva que marcou esse período, quando apareceu solado perante Matt Jones. O guarda-redes foi lesto a sair e a desviar para canto, o italiano foi assistido por Santana, o argentino que regressou após lesão e que sairia pouco depois, para entrar Murilo.
Marco Paulo trocou Rudy por João Pedro no reinício, e deu ordem à sua equipa para ganhar metros. E Belec começou a ter trabalho. Não muito, mas mais complicado. E muitíssimo no final, sendo decisivo em evitar a vitória dos visitantes.
Esta nova variante abriu um pouco mais o jogo, deu também espaço ao Olhanense, e as duas balizas deixaram de estar tranquilas. Bruno China (67) obrigou Belec a grande intervenção e Matt Jones (70) voltou a ganhar novo duelo a Dionisi.
A ambição do Belenenses foi maior e os azuis terminaram o jogo por cima. Mercê dessa circunstância, só não saíram vencedores, porque no segundo dos três minutos que o árbitro deu de tempo extra, Belec teve uma soberba intervenção, negando o golo a Tiago Caeiro, com uma grande defesa, a desviar a bola para a barra. Não foi golo por centímetros.
O que a acontecer não seria fiel à produção das duas equipas. Os azuis dominaram na segunda metade, mas os algarvios foram melhores até ao intervalo. Assim, o empate ajusta-se, e não interessando a ninguém, acaba por servir melhor os interesses dos lisboetas, que em cvaso de igualdade pontual com os algarvios, têm vantagem.
Nulo justo que sabe melhor aos lisboetas
VÍDEO MAIS VISTO
NOTÍCIAS MAIS LIDAS