< A figura: Eliseu, no mau e no bom
O jogador mais em foco no encontro, mas não apenas por bons motivos. Voltou a cometer uma falha defensiva, que deu origem ao golo do Moreirense, ao permitir que João Pedro saísse das suas costas para aparecer na cara de Júlio César para finalizar. Redimiu-se depois na segunda parte, com a autoria do golo do empate, com um espantoso pontapé de fora da área (melhor do que aquele que tinha marcado no Bessa). Um problema a defender, um trunfo a atacar. Como se esperava, de resto.

O momento: a expulsão de Marcelo Oliveira
O segundo cartão amarelo exibido a Marcelo Oliveira é justo, e foi a partir daí, do minuto 57, em superioridade numérica, que o Benfica conseguiu verdadeiramente dar sentido único ao jogo e embalar para a vitória.

Outros destaques:

Maxi Pereira:
Apontou o tento que deu a volta ao marcador e foi sempre um dos jogadores mais inconformados. Na primeira parte não conseguiu ser muito eficaz nas suas ações, mas canalizou muito jogo pelo seu corredor, procurando contornar a boa organização defensiva do Moreirense. Na segunda parte manteve a vocação ofensiva e acabou por marcar o 2-1.

Júlio César:
Estreia ingrata para o brasileiro, que aos dezasseis minutos já tinha sofrido um golo e depois chegou ao final do jogo sem uma única defesa realizada. Jogou mais com os pés do que com as mãos, e nesse aspeto pareceu sentir-se confortável, embora talvez arriscando em demasia.

Enzo Pérez
Jogo de sacrifício, dada a substituição de Samaris ainda na primeira parte, o que obrigou o argentino a fazer de «pivot» do meio-campo. Ainda está longe do nível a que habituou os adeptos encarnados, mas foi importante a equilibrar a equipa e, simultaneamente, a empurra-la para o ataque. 

Lima
Falta-lhe confiança, e isso explica claramente o falhanço na primeira parte, após belo passe de Talisca. Pareceu então que tinha medo de rematar. Mas não virou a cara à luta, continuou à procura do tento, e ele acabou por chegar em forma de grande penalidade, mas que ele próprio conquistou. Treze jogos depois voltou a marcar.

Arsénio
Fez a assistência para o golo de João Pedro e foi sempre o jogador que definiu os contra-ataques do Moreirense, antes de sair ao minuto 60, por força da necessidade de lançar outro central para o lugar do expulso Marcelo Oliveira.

Marafona
Voltou a estar em bom plano na baliza do Moreirense, sobretudo após a expulsão de Marcelo Oliveira, quando o Benfica passou a chegar com mais frequência à baliza contrária. No lance do segundo golo só conseguiu desviar ligeiramente o cruzamento de Gaitán, e a bola acabou nos pés de Maxi, mas era difícil fazer mais.