Só lá foi de penálti. O Sp. Braga dominou por completo o Rio Ave, que ficou a menos um logo bem cedo, mas apenas no segundo tempo foi capaz de marcar. Triunfo arsenalista por três bolas a zero no regresso à pedreira, perante um Rio Ave que somou o quinto jogo sem vencer.

A estratégia vila-condense ruiu ainda antes do primeiro quarto de hora, mas, ainda assim o conjunto de Pedro Martins soube reorganizar-se e tapar os caminhos da sua baliza. A paciência foi uma virtude do conjunto bracarense, que soube esperar para depois aproveitar uma grande penalidade para construir um resultado robusto.

Sérgio Conceição não terá gostado daquilo que viu no último encontro, na Choupana diante do Nacional, e mudou meia equipa. De entre as cinco alterações feitas pelo técnico bracarense, destaque para a estreia de Matheus entre os postes da baliza arsenalista e ainda para o lançamento a titular de Zé Luís em detrimento do internacional Éder. De resto, Pardo entrou no onze por troca com o capitão Alan, Ruben Micael substituiu Sami e Sasso ocupou a vaga deixada em aberto por Santos.

Do lado do Rio Ave, Pedro Martins voltou à sua forma inicial, depois de ter feito descansar praticamente toda a equipa a meio da semana a contar para a Taça da Liga.

Expulsão acelera jogo de sentido único

Depois de dois resultados menos positivos fora de portas, os Guerreiros entraram em campo dispostos a dissipar quaisquer dúvidas face à fortaleza que pretendem ver implementada na pedreira. Não admira, portanto, a entrada a todo gás do Sp. Braga.

Com Zé Luís em plano de destaque na sua primeira aparição como titular, o conjunto de Sérgio Conceição encostou o Rio Ave às cordas, colocou um sinal de sentido proibido na direção da sua baliza e assumiu por completo as despesas do jogo. Bastaram apenas dez minutos para a baliza de Cássio passar por apuros por três ocasiões.

Aos treze minutos a tarefa da equipa de Pedro Martins, que já se apresentava difícil, tornou-se hercúlea. Boateng foi admoestado com cartão vermelho direto num lance em que disputou a bola com André Pinto.

Acelerou-se o processo de domínio do Sp. Braga, que viu o Rio Ave reagrupar-se e juntar as suas linhas em frente à baliza de Cássio. Com Danilo e Pedro Tiba à frente da defesa a assumir a missão de liderar a investida bracarense sobre os homens de Vila do Conde, somaram-se remates, cruzamentos para a área e tentativas de invadir a baliza rioavista. Sem sucesso.

Sem oportunidade de igualar forças na luta do meio campo, Pedro Martins abdicou do tecnicista Bressan para acrescentar o possante Jebor ao ataque da equipa de Vila do Conde. Uma alteração que fez o Rio Ave estender o seu jogo, a ponto de acabar o primeiro tempo com duas oportunidades junta da baliza do nervoso Matheus.

Na marca dos onze metros Zé Luís bateu Cássio

A primeira parte acabava com avisos do Rio Ave, a dizer que estavam presentes no jogo e que apesar de estarem em inferioridade numérica podiam lutar pelo resultado. Alheio à tímida resposta vila-condense, o Sp. Braga voltou a entrar com o pé no acelerador no segundo tempo e logo no primeiro minuto Pardo rematou forte de primeira por cima da baliza.

Uma primeira tentativa, mais do mesmo no que ao figurino do jogo diz respeito. Os bracarenses voltavam para conferir sentido único ao jogo com o objetivo de bater Cássio. A missão não estava, porém, fácil e foi preciso esperar até aos sessenta minutos para final mente ver as redes abanar na pedreira.

Só lá foi de penálti, num cruzamento de Djavan intercetado com a mão num carrinho de Ukra. Oportunidade soberana que não foi desperdiçada por Zé Luís depois de várias ameaças. Um prémio para o Sp. Braga que soube ser paciente e não se deixou levar pelo bater do relógio.

Depois do primeiro, Ruben Micael e Pardo elevaram a contagem para as três bolas a zero. Primeiro foi Micael, de cabeça, a corresponder da melhor forma a um cruzamento de Pedro Santos; depois foi Pardo a encostar para o fundo das redes um passe açucarado de Zé Luís.

Triunfo justo do Sp. Braga, que desde cedo mostrou ao que vinha e soube ser paciente com as vicissitudes do encontro. Injeção de confiança antes da viagem ao Dragão. Mau ensaio do Rio Ave antes da deslocação à Dinamarca para medir forças com o Aalborg, apesar de os números do marcador parecerem exagerados.