Radamel Falcao

Conclui a temporada goleadora na Liga Europa com mais um festejo, reforçando o epíteto de exímio cabeceador, não sendo um ponta-de-lança de elevada estatura. 17 tentos, 7 dos quais com a utilização da testa. Um matador de fino recorte, sedutor, felino, talhado para os mais altos voos. Aproveitou a ausência de Rodriguez para vencer o duelo particular com Paulão, esperar o cruzamento de Guarín e cabecear com mestria. Merece ver o seu nome na história desta final.

Freddy Guarín

Encheu o campo na etapa inicial, denotando inteligência posicional nos momentos de caos total na zona intermediária do terreno. Adivinhou várias precipitações de adversários e, numa delas, inventou o golo de Radamel Falcao. Cortou a linha de passe a Albert Rodriguez, galgou terreno mas teve um momento decisivo, ao travar a bola perante Sílvio, ganhando tempo e espaço para ver a movimentação do compatriota. Cruzamento perfeito, golo. Exemplar.

Hulk

Justificava um cartaz pessoal, espalhado pelas ruas de Dublin, a atrair adeptos para esta final, com a promessa de desenhos de rara beleza no relvado. O F.C. Porto colou-lhe o rótulo de jogador mais caro na história do futebol português, ao pagar 19 milhões de euros por 85 por cento do seu passe. Este Hulk, o que arrancou amarelos a Hugo Viana e Silvio (um amarelo avermelhado por sinal) tem capacidade para encantar nos maiores palcos. Perdoam-se os espasmos de individualismo. É um fora-de-série, edição limitada.

Hélton

Celebrar um aniversário, o trigésimo terceiro, perante 45 mil pessoas numa final da Liga Europa é obra. Passou grande períodos sem registo de uma defesa, apesar da existência de tentativas interessantes por parte dos arsenalistas, deixando a sua marca num momento decisivo, logo após o intervalo. Mossoró ultrapassou os limites de velocidade e aproveitou a passividade de Fernando para se isolar. Adivinhou-se o empate. Por instinto, com o pé direito, Hélton disse que não. O capitão do F.C. Porto levanta o troféu europeu na sua melhor época.

Sapunaru

Escapou a uma expulsão que poderia comprometer a estratégia do F.C. Porto. Viu o primeiro cartão amarelo ao minuto 49, numa falta necessária sobre Paulo César mas voltou a pecar na concentração, quando arriscou uma carga sobre Silvio ao minuto 71. O árbitro perdoou-lhe o segundo cartão, perante os protestos arsenalistas. Justificados, por sinal.

Alvaro Pereira

Excelente segunda parte, voltando a demonstrar um pulmão acima da média. Combateu a fase de maior assédio do Sp. Braga com vários desequilíbrios do lado esquerdo. Grande época que ficou apenas condicionada pelos problemas físicos.