Um pesadelo é isto. Um atleta vai competir nos Jogos Olímpicos, passa quatro anos a preparar-se e quando chega o grande dia... adormece. Sim, aconteceu a pelo menos dois atletas em Londres 2012.

Há quatro anos, em Pequim, ficou famoso o desabafo do português Marco Fortes, sobre a hora madrugadora do lançamento do peso. Disse o atleta que de manhã estava «bem é na caminha», palavras que foram usadas como mote para todas as críticas a uma prestação portuguesa até aí abaixo das expectativas naqueles Jogos Olímpicos. Então que diriam os críticos de Marco Fortes destas duas histórias?

A primeira aconteceu com a australiana Alethea Sedgma, do tiro. Contou a atleta de 18 anos ao Sydney Morning Herald que colocou o despertador para as cinco da manhã e, quando ele tocou, carregou no botão «snooze» para ficar só mais cinco minutos. Foi acordada pela companheira de quarto uma hora e 10 minutos depois.

«A Lawrin acordou-me às 6h15 e o autocarro saía às 6h25. Ela gritou: «Alethea, tens de te levantar!» E eu corri, corri», diz Alethea: «Deixei-me dormir, simplesmente. Nunca me tinha acontecido. Sou uma idiota.»

No fim de contas ela chegou a horas e o incidente não afetou a sua concentração na competição de carabina a 10 metros: ficou muito perto da luta pelas medalhas: «Felizmente não me deixei dominar pelos nervos.»

O percalço matinal também não prejudicou em competição o britânico Jack Oliver, outro dorminhoco olímpico. Era suposto levantar-se às 6h para a competição de halterofilismo, nesta terça-feira, mas uma hora depois continuava na cama.

«Devia ter-me levantado, descido as escadas, ter um duche calmo antes da pesagem, fazer uns alongamentos. Mas às 7h05 ouvi uma pancada na porta, olhei para o telefone e pensei «Estou em apuros!», contou, citado pelo «Guardian».

Saltou da cama, apanhou um autocarro que saiu mais tarde e chegou a tempo e fazer a sua melhor marca pessoal de sempre: «Aquela hora a mais de sono deve ter-me feito bem.»