Já está acesa a chama olímpica que, nos próximos meses, fará o percurso habitual, de Olímpia, na Grécia, até à cidade que este ano vai acolher o maior evento desportivo do Mundo, Pequim. Por entre um clima de contestação à realização dos Jogos na capital chinesa, devido à situação política no Tibete e às acusações de violações dos direitos humanos, a cerimónia tradicional, realizada na Grécia, esta segunda-feira, foi perturbada por manifestações pró-tibetanas.
Com o vistoso aparato de segurança preparado pelas autoridades gregas - cerca de mil polícias estiveram atentos às cerimónias em Olímpia ¿ o momento mais conturbado aconteceu quando o representante olímpico chinês, Liu Qi, proferia o seu discurso. Um indivíduo vestido de negro interrompeu-o, entrando em cena, sendo logo retirado do local pela segurança, mas deixando clara a mensagem de apoio ao Tibete.
O dia já tinha ficado marcado pela tomada de posição do presidente do Comité Internacional Olímpico, Jaques Rogge, que mantém o apoio à organização dos Jogos na China, demarcando-se da corrente que defende um boicote a Pequim: «Os lideres políticos não querem um boicote» disse Jaques Rogge. A tocha olímpica irá passar por vinte países e passará também pelo Monte Everest e pelo Tibete no percurso até Pequim, que ficará concluído a 8 de Agosto, dia de abertura dos Jogos.