Benfica e FC Porto deixaram pontos em Vila do Conde e na Choupana, respetivamente, numa jornada que terminou com uma mudança de paradigma: os azuis e brancos juntam-se às águias e passam, também eles, a depender de si próprios para, no final, festejarem a conquista do título de campeão nacional.

Os dois principais candidatos ao título tiveram tudo a favor para dar sequência às séries de vitórias, mas não foram capazes de lidar com a vantagem no marcador. O Benfica caiu com maior estrondo, o FC Porto apanhou um susto, mas regressou vivo do Funchal.

O primeiro sinal de uma jornada complicada para os primeiros classificados aconteceu em Vila do Conde com o Rio Ave a demonstrar qualidade para superar um golo madrugador do adversário e duas substituições forçadas devido a lesão.

A fortuna estava no banco e notou-se mal Diego Lopes pisou o relvado. O brasileiro avisou ao que vinha com uma bola no poste. O resto é história: penálti convertido por Ukra e um remate cruzado de Del Valle a anular um bom gesto técnico de Salvio assinado poucos minutos depois do início do encontro.


À semelhança das águias, o FC Porto também começou a sorrir, mas a felicidades inicial deu lugar a um sentimento de frustração por mais uma oportunidade desperdiçada. Um grande momento assinado por Tello ainda animou a noite, mas Wagner acabou por resgatar um ponto para o Nacional da Madeira.

Feitas as contas não foi uma má jornada para o FC Porto, tendo em conta que os dragões passam a controlar o seu próprio destino.

O Sporting foi o único dos primeiros classificados a festejar um triunfo. Uma vitória expressiva sobre o Vitória de Guimarães, em jeito de resposta ao que sucedeu no Minho na primeira volta, e que teve o condão de deixar o Sporting de Braga a nove pontos, na luta pelo último lugar de acesso à Liga dos Campeões, e de promover uma aproximação ao FC Porto.

A viver um bom momento continua a Académica de Coimbra que ainda não perdeu desde que José Viterbo se sentou no banco de suplentes dos estudantes. E esta jornada era uma espécie de prova de fogo para os academistas, que conseguiram resgatar um ponto em Braga, ficando a escassos quatro da linha imaginária dos 30 pontos que costuma garantir a manutenção na próxima edição da Liga.


Carlos Brito teve uma estreia agridoce no comando técnico do Penafiel, resgatando um ponto na visita ao António Coimbra da Mota. Até aqui nada de negativo, mas se for tido em conta que os penafidelenses estiveram em vantagem até perto do final…

Por outro lado, ainda foi desta que Fabiano Soares conseguiu vencer no banco de suplentes. Também ainda não perdeu, o que não é de somenos importância. Três pontos em três jogos.

No jogo que fechou a jornada, o empate no Bonfim, sem golos, deixou o P. Ferreira isolado no sexto lugar, em rota europeia. Para o V. Setúbal, com 24 pontos, o cenário não se altera, terá de andar a fazer contas na luta aos lugares do fundo.

Nesse outro campeonato, foi uma ronda feliz para o Arouca, que quebrou uma série de três jornadas consecutivas sem vencer. A vitória alcançada pela formação orientada por Pedro Emanuel ganha especial relevância tendo em conta que foi perante um adversário direto na luta pela permanência.

A oito rondas do final da competição, os arouquenses têm, agora, 23 pontos e quatro de vantagem sobre a linha vermelha.

Passo importante deu, também, o Boavista ao vencer o Belenenses na estreia de Jorge Simão como responsável técnico pelos azuis do Restelo. Com os três pontos alcançados, os axadrezados ficam a apenas um triunfo de atingirem os trinta pontos que costuma valer a permanência.

O Moreirense empatou na receção ao Marítimo e as duas equipas mantém-se tranquilas na classificação separadas por apenas um ponto na tabela, com vantagem para os cónegos.