Estrela: Hulk

Não foi propriamente «o incrível» de outros tempos, mas voltou a ser decisivo para o F.C. Porto. Demorou a acender as luzes de estrela e apenas o golo de cabeça, a passe de James, serviu de interruptor. No segundo chamou a si o brilho de estrela e com um golo de levantar o estádio trouxe a tranquilidade à equipa. Por sua conta ainda tratou de dar a Kléber a sensação de voltar a fazer o gosto ao pé. Mais operário do que artista.

Positivo: Defour e Moutinho, pezinhos de lã

Deram classe ao meio campo do F.C. Porto. Sem grandes correrias nem rasgos fulminantes, trataram de fazer movimentar a máquina. Passes milimétricos e combinações capazes de fazer a equipa progredir no terreno e camuflar a falta de acerto dos avançados. Defour foi preponderante no primeiro golo, Moutinho no segundo. Pelo meio tiveram jogadas de grande nível.

Negativo: Mérida desperdiçou segunda oportunidade

Leonardo Jardim deu ao espanhol a segunda titularidade mas Mérida voltou a não corresponder. Quase sempre perdido na teia portista, não foi capaz de criar espaços e assumir-se como alternativa nas movimentações ofensivas dos arsenalistas. Acabou por ser substituído quando ainda havia meia hora para jogar.

Outros destaques:

Salino

Em três adaptações nas laterais o baixinho Salino foi a «invenção» com melhores resultados. Não acusou a pressão de ter Hulk ou James pela frente, e ainda Álvaro Pereira. Deu conta do recado e ainda ousou aventurar-se em lances de ataque, num dos quais foi travado em falta na área. Melhor do que Maicon, adaptado por Vítor Pereira no lado azul e branco com evidentes deficiências.

James Rodriguez

Começou algo tímido, mas foi crescendo com o jogo. Tem um mérito evidente: pega na bola sem medo. Nesta altura, o F.C. Porto precisa muito disso. Mesmo que depois nem sempre tenha inspiração para chegar onde no passado ia com simplicidade. Fez a assistência para o primeiro golo de Hulk e ficou perto de marcar num cabeceamento ao qual Quim respondeu com grande defesa. Bom, portanto.

Fernando

Trabalhou na sombra e garantiu o equilíbrio do Porto. Sempre atento, foi várias vezes chamado a compensar o «lateral» Maicon e correspondeu. Deu liberdade e espaço de manobra a Moutinho e Defour para assegurarem a fluidez da equipa de Vítor Pereira.

Assobios para os treinadores

Primeiro foram os adeptos do Sp. Braga, em bom número no Dragão, depois os do Porto a contestar os respectivos treinadores. Os do Minho exigiam mais acutilância na hora de arriscar um pouco mais (assobiaram a saída de Mérida) e dirigiram palvras pouco simpáticas a Leonardo Jardim. O Dragão ficou à beira de um ataque de nervos quando Vítor Pereira do terreno de jogo Defour, e respondeu com assobios.