A caminho dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, o Maisfutebol lança uma série de conversas com atletas portugueses já qualificados. São 44 até agora, ainda com várias modalidades por definir. Estas são as suas histórias.

Os olhos de Vasco Vilaça brilham quando fala sobre Paris e recorda o evento teste para os Jogos Olímpicos, em agosto passado. «Passamos de bicicleta nos Campos Elíseos e muito perto da Torre Eiffel, a reta da meta e a transição são na Ponte Alexandre III. É espetacular, muito bonito.»

O segundo lugar nessa prova foi uma dose adicional de confiança para o triatleta de 24 anos que é uma das esperanças portuguesas de uma medalha em Paris. Mas Vasco recorda sobretudo a emoção de estar a viver aquilo com que sonha desde criança, desde que viu Vanessa Fernandes ganhar a prata em Pequim 2008.

«Foi o primeiro momento em que pude sentir o nervosismo e a ansiedade extra dos Jogos Olímpicos, sentir que a oportunidade de ser atleta olímpico está perto. Estava emocional antes da partida. Foi bonito e acho que vai ser uma experiência inesquecível», diz Vasco Vilaça. «Fiquei feliz com o resultado também por isso, por não me ter afetado. Nos Jogos vai ser se calhar dez vezes mais emocional e foi bom saber que mesmo assim isso não afeta a minha performance.»

Agora, ele prepara-se para a estreia mesmo a sério em Jogos Olímpicos. Estará em Paris na competição individual de triatlo e na estafeta, uma participação histórica para Portugal, que terá pela primeira vez a quota máxima de quatro atletas no triatlo. Integram a representação nacional, além de Vasco Vilaça, Ricardo Batista, Maria Tomé e Melanie Santos, que já participou nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Em fevereiro, eles subiram ao segundo lugar do pódio na Nova Zelândia e o cancelamento da etapa seguinte, por causa do temporal que assolou os Emirados Árabes Unidos, fechou ali o ranking e garantiu para Portugal o último lugar de qualificação, assegurando de caminho a presença dos quatro atletas na prova individual.

A partir daí, o foco centrou-se na preparação para uma época de competição que terá ponto alto nos Jogos Olímpicos. E que preparação. Vasco fala com o Maisfutebol a partir de Font Romeu, nos Pirenéus. É final da tarde, acaba de completar mais um treino e o dia ainda não acabou. Cansa só ouvir.

«Num dia normal temos treino de natação das 8h às 10h, depois uma pausa, a seguir do meio-dia até às 15h um treino de ciclismo e ao final do dia duas horas e meia de treino de corrida.» O expediente não termina aqui. «Depois disso ainda temos a recuperação, a fisioterapia, a massagem, banhos de gelo. Temos pausas de duas horas entre os treinos em que vamos para casa para comer, que é muito importante quando estamos a treinar tanto, tal como deitarmo-nos a horas para estarmos prontos na manhã seguinte outra vez. Acaba por ser um trabalho normal, mas em vez de estarmos ao computador ou a fazer o que uma pessoa normal faria, estamos a treinar», sorri.

Há dias com menor intensidade, mas não há folgas. «No fim do ano tenho duas semanas de férias, mas não temos nenhum dia de pausa durante o ano. Temos de gostar bastante de fazer o que fazemos, porque há pouco tempo para fazer outras coisas.» Pois, há empregos bem menos intensos.

Mas Vasco Vilaça escolheu o triatlo. Essa é a sua vida desde sempre. «Comecei com seis ou sete anos. Era muito novo e acho que é daí que vem também o gosto por fazer triatlo hoje, para passar a vida nisto e não ter muito tempo para outras coisas.» O gosto vem, como ele vai contar, por ter começado por viver a modalidade como uma brincadeira entre amigos.

«Se não fosse a Vanessa Fernandes não estava cá hoje»

O triatlo apareceu porque Vasco e a irmã Vera, que também foi triatleta de alta competição e agora se dedica ao ciclismo, gostavam de correr e pedalar. De nadar ele não gostava, mas já lá vamos. Foi então que começaram a ouvir falar sobre Vanessa Fernandes, a portuguesa que ganhava tudo o que havia para ganhar no triatlo.

«Se não fosse a Vanessa, eu não estava cá hoje. Eu e a minha irmã e os meus pais só encontrámos o triatlo pelas notícias sobre a Vanessa, que levou os meus pais a procurarem saber mais sobre o triatlo. Nós gostávamos muito de andar de bicicleta e de correr, os meus pais queriam que nós aprendêssemos a nadar e isso foi na altura em que a Vanessa ganhava tudo. Os meus pais acharam que era uma boa forma de conjugar o que nós já fazíamos e gostávamos com aquilo que eles queriam que aprendêssemos.»

Não foram os únicos. Os dois irmãos encontraram no Restelo o local ideal para começar. «O Belenenses tinha uma equipa de triatlo que ainda existe, mas na altura tinha muitas crianças. Todas nessa altura se juntaram por causa da Vanessa», conta Vasco. «Era na altura um ídolo e é hoje um ídolo.»

Ele viu pela televisão a prova de Vanessa Fernandes em Pequim, quando ganhou a medalha de prata. É uma recordação de criança, difusa. «Não me lembro se vi a prova toda, mas tenho memória de estar à frente da televisão com os meus pais a torcer por ela. Foi uma luta bastante dura entre a Vanessa e a Emma Snowsill, que foi a campeã olímpica.»

Encontraram-se os dois, muito depois. «Quando dei o meu salto para um objetivo mais profissional juntei-me ao Benfica, que é a equipa mais profissional no triatlo, com um objetivo olímpico. Foi aí que conheci a Vanessa. Foi o sonho de conhecer um ídolo, mas também uma pessoa especial, que está sempre pronta a partilhar a experiência dela e a ajudar os atletas mais novos, como me ajudou a mim.»

Antes disso, Vasco ganhou o gosto pelo triatlo no Belenenses. «A partir do momento em que encontrámos um grupo de crianças que estava a fazer a mesma coisa foi muito fácil criar o gosto pelo desporto. Mais do que treinar, brincávamos. E foi aí que ganhei o bichinho. Eu não era muito bom, mas divertia-me muito. Acho que o mais importante em criança é gostar. Para mais tarde vir a ser bom tem de se ter gosto.»

Do medo de tubarões e crocodilos ao encontro real com um leão marinho

Pelo meio, teve de superar o medo… da água. Vasco sorri a recordar aquelas «fantasias de criança». «Eu não nadava muito bem e criava umas fantasias, achava que havia crocodilos e tubarões na água. Acho que era um bocadinho sentir que estava fora de controlo. No primeiro ano só fiz duatlos, porque quando chegava à água tinha medo.»

Isso começou a mudar quando um dia, a sair de casa para mais uma competição, os pais puseram apenas no carro a bicicleta de Vera. «Eu perguntei: ‘Então, mas porque é que não põem a minha?’ E eles disseram: ‘Se não queres fazer triatlo não há problema, não te vamos forçar.’ ‘Não, não, eu quero, eu quero. Metam a minha bicicleta, também vou!’»

Foi numa prova no Cartaxo que espantou o medo. «Nos primeiros escalões de crianças a natação são 50 metros. Para mim hoje não é nada, mas na altura era infinito. Era uma prova onde eu tinha sempre pé. Na realidade podia andar.» Não andou, nadou e ganhou a confiança de que precisava. «Nunca mais tive medo de água. Adorei esse triatlo, adorei a experiência. Provavelmente fiquei em último na prova, mas adorei.»

Nunca mais teve medo da água, mas a fantasia quase se tornou realidade muitos anos mais tarde. Foi em setembro de 2022, num treino de natação em Malibu, na Califórnia. Vasco estava sozinho no mar, quando viu uma sombra debaixo de água.

Ele conta a partir daqui.

«Quando era criança tinha aquela imaginação, via uma folha a flutuar e dizia que era um tubarão. Passei esse medo e muitos anos depois realmente, não foi um tubarão nem um crocodilo, mas foi um leão marinho», sorri, a notar a ironia do destino.

«Houve uma onda que levou o leão marinho contra mim e ele assustou-se e mordeu-me. Não sei muito bem o que é que podia ter feito melhor ou pior, mas disseram-me que tive muita sorte, porque quando ele mordeu, eu consegui agarrá-lo e virei-o de barriga para cima, o que fez com que ele entrasse numa espécie de transe. Fica paralisado, tal como acontece aos tubarões. Isso fez com que eu conseguisse chegar até à praia sem o leão-marinho me atacar mais. Fui levando os dois e quando veio uma onda por cima de nós larguei-o e fui com a onda até ter pé.»

Vasco ficou com alguns ferimentos, o leão marinho foi à vida dele. «Nunca mais o vi. Também não o queria ver mais…»

Hoje Vasco ri-se, mas aquele incidente despertou o trauma antigo. «Tive muita sorte, saí só com alguns cortes nas mãos e não me aleijei muito. Mas foi um choque bastante forte e voltou o trauma de quando era criança. Nos meses seguintes, mesmo na piscina, qualquer sombra ou qualquer coisa inesperada que visse, saltava um bocadinho.»

Nessa altura, já integrava a elite do triatlo internacional, ele que em 2022 se juntou a um grupo internacional de atletas que tem sede em Girona, estrategicamente perto dos Pirenéus e dos treinos em altitude.

A Suécia, viver sozinho aos 15 anos e a comida que às vezes esturricava

O caminho para lá chegar foi longo e passou por várias latitudes. Com centro na Suécia, para onde a família emigrou quando Vasco tinha 13 anos. «Foi na altura da crise económica na Europa, que tinha atingido Portugal de forma bastante dura.»

De início não foi fácil. Perdeu o grupo de treino e os amigos, treinava o ciclismo, a natação e a corrida em grupos separados e chegou a colocar em causa o futuro no triatlo. «Quando se é mais novo e se está num país tão diferente, a fazer uma coisa estranha que mais ninguém está a fazer, é fácil perder o gosto, querer deixar e ir fazer o que os outros estão a fazer, ir brincar ao hóquei no gelo, que é o que fazem na Suécia.»

Mas então teve uma oportunidade que fez toda a diferença. Foi integrado no sistema desportivo sueco, que tem, explica, escolas de alto rendimento dedicadas a cada modalidade, para alunos do secundário. «Todos os anos só entram dois rapazes e duas raparigas. Temos um treinador de natação, um treinador de triatlo, acesso ao ginásio, temos o planeamento escolar todo apropriado aos nossos horários de treino.»

Aos 15 anos, foi viver para longe da família, a 200 km de distância. E isso ajudou-o a crescer. Vasco ri-se a lembrar esses tempos. «Eu era o mais novo, era bastante protegido em casa. Não sabia cozinhar, não sabia lavar roupa, não queria limpar o quarto nem fazer os trabalhos de casa. De repente, tinha de ser eu a fazer. Fui viver com um rapaz sueco e passámos pela mesma aventura. Nenhum de nós sabia cozinhar. Mas fomos aprendendo e divertimo-nos muito. ‘OK, vamos pôr a panela, mete água a ferver. E pronto, às vezes queimávamos a comida, às vezes tínhamos de pôr um bocadinho de ketchup extra por causa da falta de sal, ou do sal a mais…»

O estômago ganhou provavelmente resistência. Mas Vasco ganhou sobretudo maturidade. «Tive de tornar-me independente. Se eu quero estar a nadar às 5 da manhã, sou eu que tenho de acordar, porque não está lá ninguém a dizer para eu acordar. Ninguém me leva à escola, eu é que tenho de pegar na minha bicicleta e ir. Ter essa disciplina ajudou-me muito a dar um salto de maturidade bastante mais cedo do que as outras pessoas da minha idade. E foi aí que me desenvolvi bastante e dei um salto grande.»

Do «estágio» numa piscina infantil a vice-campeão do mundo

Os resultados apareceram. Foi campeão europeu de juniores em 2017 e vice-campeão do mundo no ano seguinte. A partir daí estava lançado e nem a pandemia o atrasou. Pelo contrário. Quando o mundo fechou por causa da covid, Vasco e a irmã decidiram passar o confinamento em Portugal, sempre com o foco no treino. Foram para uma casa na aldeia e improvisaram treinos de natação numa piscina de criança.

«Não foi uma boa decisão, porque Portugal tinha montes de restrições. Acabámos por ir para uma casa que temos em Foros de Benfica, uma aldeia muito pequena, perto de Santarém. Íamos nadar ao rio Tejo. Ao fim de um mês e meio comprámos uma piscina pequenina. Não dava para nadar para a frente e para trás, então atávamos uma corda aos pés, uma corda à parede e ficávamos a nadar parados no mesmo sítio. Adaptámo-nos o melhor possível para podermos fazer o nosso treino todo. Fizemos um estágio os dois juntos e treinámos bastante bem.»

Tão bem que, em setembro de 2020, num Mundial reduzido nesse ano a uma única etapa, Vasco sagrou-se vice-campeão do mundo. Mais notável ainda para um atleta tão jovem. «Tinha 20 anos, estava a acabar os meus anos de júnior. Há uma altura que a maior diferença entre juniores e elites é a quantidade de treinos. Os atletas de elite têm muitos anos de treino e como juniores ainda não temos essa capacidade física. Mas como nesse ano não houve provas nenhumas, eu acabei por passar o ano todo simplesmente a treinar.»

«O segundo lugar para mim foi um resultado excelente, vindo dos juniores. Mostrou que o trabalho tinha sido muito bem feito e mostrou-me também que era nisso que eu tinha de me focar. Não precisava de me focar tanto em fazer muitas provas, mas em fazer o meu trabalho para poder chegar ao nível de elites», observa. O estatuto de vice-campeão do mundo também abriu muitas portas. «Felizmente, isso deu-me um boost também em termos de marketing, a oportunidade de me juntar a patrocinadores e a marcas que me ajudaram a tornar-me 100% profissional e a poder sustentar a carreira de triatlo. Mão é o desporto mais barato e ter a capacidade financeira de fazer isso tem-me ajudado muito a dar o salto em termos de resultados também.»

Era ainda cedo para tentar os Jogos Olímpicos de Tóquio. «Os rankings de qualificação contam dois anos de provas antes dos Jogos. E eu, como era bastante novo, ainda não tinha juntado pontos suficientes para fazer essa qualificação», explica Vasco. Mas era uma questão de tempo. A partir daí, foi ganhando consistência, etapa a etapa.

A confirmação em 2023, mesmo com a «medalha de chocolate» no Mundial

Até 2023, o ano de todas as confirmações. «Foi o primeiro ano em que consegui estar consistentemente na frente das provas todas», diz Vasco, a recordar um período em que, além do segundo lugar no evento teste para os Jogos Olímpicos, foi quarto no Campeonato do Mundo de triatlo, antes de fechar o ano a vencer a etapa da Taça do Mundo de Roma.

O quarto lugar no Mundial teve sabor agridoce. Ele chegou a liderar o ranking nesse ano e partiu para a sétima e última etapa a poder conquistar o título. Mas não deu.

«Cheguei à finalíssima em 3º lugar do ranking. Estava sem dúvida na luta pelas medalhas. A 5 km do fim, estava na frente e se acabasse ali era campeão do mundo. Mas eu tinha acordado doente e no dia da prova estava com febre. Fiz o meu melhor, mas a 5 km da meta, quando o corpo aqueceu muito, perdi as forças e acabei por perder o grupo da frente. Cheguei à meta, mas infelizmente só cheguei ao quarto lugar. Tirando o meu segundo lugar em 2020, foi o melhor que algum português já fez no Campeonato do Mundo, num ano normal. Mas para mim o quarto lugar é a medalha de chocolate, aquele lugar bom mas que não se vê, porque se fica fora do pódio. Mas representa um ano que correu bastante bem.»

«Poder ouvir o hino português nos Jogos Olímpicos é muito bonito»

Agora, aproxima-se o momento que Vasco sempre imaginou como meta. «O meu maior sonho são os Jogos Olímpicos. É um sonho ser campeão do mundo, mas preferia ser campeão olímpico a ser campeão do mundo, sempre. Se calhar desde que vi a Vanessa em 2008 a lutar por aquele pódio. Poder estar do outro lado do ecrã seria uma coisa muito especial. Poder lutar por uma medalha e poder ouvir o hino português a tocar nos Jogos Olímpicos é uma coisa muito bonita.»

O triatlo português aponta a objetivos altos em Paris. O presidente da Federação assumiu como meta a conquista de uma medalha individual e um lugar entre os oito primeiros na estafeta. Vasco Vilaça, que é nesta altura quarto do ranking mundial, tem consciência das expectativas, elas são também as suas.

«É um sonho ter uma medalha. É um sonho ser campeão olímpico. É um sonho conseguirmos um diploma olímpico nas estafetas, e mesmo aí gostava de mais.» Lembra, no entanto, que há muitas variáveis a ter em conta. «É um momento especial, e embora eu esteja a lutar pelas medalhas no Campeonato do Mundo não quer dizer que isso vai acontecer neste momento. São duas horas naquele dia em que tudo vai acontecer. A única coisa que sei é que estou a trabalhar bastante bem para chegar a Paris nas melhores condições possíveis. Sei que nas melhores condições possíveis e quando estou em muito boa forma sou capaz e tenho capacidade física para estar na frente e a lutar por medalhas. Tudo passa por conseguir continuar a preparação da melhor maneira possível para lá chegar em boa forma.»

Acredita também que está preparado para a pressão que vem com as expectativas altas. «Claro que é algo difícil de saber, porque nunca fiz uns Jogos Olímpicos. Mas o grupo de pessoas que tenho à minha volta, os meus treinadores, os meus colegas, ajudam-me bastante a passar isso. Essa pressão eu ponho em mim mesmo. Quero agarrar esta oportunidade e isso dá-me motivação para trabalhar muito bem, para ter cuidados especiais de me manter saudável e sem lesões para conseguir lá chegar nas condições em que eu sei em que posso lutar por isso.»

A incógnita para Paris que mete água

Vasco vai ter claque em Paris, com a presença da família já garantida. «É muito especial poder partilhar o momento com eles», diz, ele que antecipa com expectativa toda a vivência daqueles dias, a perspetiva de «fazer parte de tudo o que é a experiência olímpica».

Só há uma incógnita em relação aos Jogos de Paris. E volta a meter água. Desta vez não tem a ver com os medos de Vasco, mas com os níveis de poluição do Rio Sena, que têm sido tema recorrente na preparação para os Jogos Olímpicos. No evento teste, a prova individual realizou-se na íntegra, mas na competição de estafetas o segmento de natação foi cancelado. Esse volta a ser um risco para os Jogos Olímpicos. Vasco Vilaça conta que os testes no Sena são muito mais frequentes do que noutras competições, mas admite a apreensão sobre o que pode acontecer. «Sem dúvida que ficámos um bocadinho com medo do que se vai passar nos Jogos», diz, notando que responsáveis do Comité Olímpico Internacional admitiram cancelar a natação no Sena.

A preparação, seja como for, tem de ser feita a pensar na prova completa. «Acho que não vale a pena estar-me a preocupar com o que não posso controlar. O rio muda, como tem uma corrente forte a água está sempre a correr e muda o tempo todo. Só mesmo quando chegar a prova é que sabemos se a água naquele momento tem boa qualidade. Vamos ver. Eu espero que seja um triatlo.»