O Benfica emitiu um comunicado a esclarecer a deslocação de Rui Costa às instalações do DCIAP (Departamento Central de Investigação e Ação Penal) na manhã desta terça-feira.

Numa curta nota com apenas dois pontos, o clube encarnado confirmou que as declarações foram feitas em representação do Benfica no «processo dos emails», nos quais está em causa uma «imputação de oferta indevida de vantagem e uma imputação de fraude fiscal».

O caso/processo dos emails, no qual é investigado um alegado esquema de corrupção para controlar o futebol português, remonta a 2017, 2018, período durante o qual foram divulgadas, no Porto Canal, trocas de correspondência entre elementos da estrutura do Benfica e terceiros.

Paralelamente a esse processo, a SAD do Benfica pediu uma indemnização de 17,7 milhões de euros por danos provocados ao clube através da exposição de correspondência privada e alegada truncagem de conteúdos. Na primeira decisão judicial, em junho de 2019, o FC Porto e o diretor de comunicação, Francisco J. Marques, foram condenados a pagar 2 milhões de euros, decisão que foi revista pela Relação, que reduziu a pena para metade. Recentemente, o Supremo Tribunal anulou essa indemnização, decretando uma nova quantificação do valor.

COMUNICADO NA ÍNTEGRA:

«Na sequência de notícias publicadas nas últimas horas e das solicitações subsequentes que chegaram ao Clube por parte da Comunicação Social, vem o Sport Lisboa e Benfica esclarecer o seguinte:

1) O Presidente Rui Costa deslocou-se esta manhã às instalações do DCIAP e prestou declarações em representação do Benfica no chamado "processo dos emails".

2) Confirma-se que está em causa uma imputação de oferta indevida de vantagem e uma imputação de fraude fiscal.»