O Barcelona-Real Madrid deste domingo joga-se no momento em que o tema da independência da Catalunha voltou em força à agenda política. O Barça não passa ao lado do assunto, antes pelo contrário. O clube anunciou que preparou para o clássico uma coreografia que transformará as bancadas do Camp Nou numa enorme bandeira da Catalunha. Nesta sexta-feira, Xavi aprovou a iniciativa.
«Da nossa parte não me parece que se esteja a politizar o clássico. Sabemos a situação que vive a Catalunha nesta altura, mas dedicamo-nos a jogar futebol. Trata-se de um jogo de futebol, nada de política», afirmou o médio, para concluir: «Mas parece-me muito bem que se faça um mosaico com a senyera (o nome da bandeira). O Barça representa a Catalunha. Parece-me lógico, normal e muito bem.»
Apesar deste discurso, espera-se um clássico rodeado ainda mais rodeado de carga política do que o habitual. Também é de esperar algo especial para o minuto 17:14. Esse tem sido esta época o momento escolhido pelos adeptos culés para darem voz às manifestações pela independência, e deverão fazê-lo com mais veemência ainda frente ao Real Madrid. A escolha daquele minuto, 17 e 14 segundos, alude à Diada, o dia da Catalunha, que se refere a 11 de setembro de 1714, quando a região caiu após mais de um ano de resistência ao cerco imposto pelas tropas do rei de Espanha, durante a Guerra da Sucessão.